sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

História Visual da Tradução

Divulgo aqui um artigo meu em que discorro dos documentos visuais como fontes históricas para uma história da tradução no Brasil. Eis o resumo do artigo:


A noção dos documentos escritos como única fonte histórica válida é questionada e brotam novos métodos de apreensão da História. É neste contexto que nasce a Iconografia tanto como ramo historiográfico quanto método analítico da escrita histórica. A imagem é considerada um dos artefatos culturais e pode ser utilizada como fonte histórica porque tem o poder de representar, reproduzir ou fazer analogia ao imaginário coletivo ou à história das mentalidades de determinada época ou sociedade. No Brasil oitocentista, muitas foram as expedições que trouxeram os mais diversos artistas e cientistas a fim de catalogarem as inéditas descobertas da terra visitada. Coube aos pintores, desenhistas, litógrafos, retratistas e paisagistas a missão de arquivar visualmente a memória brasileira desta época em que a fotografia ainda não era popular. Tanto pintores oitocentistas como pintores pós-oitocentistas, estrangeiros – como Johann Moritz Rugendas (1802-1858) - ou brasileiros – por exemplo, Benedito Calixto (1853-1927) - deixaram algumas pinturas em que se reconhecem atos de tradução, obras traduzidas e tradutores. O presente trabalho visa estabelecer os artefatos visuais do século XIX que têm por tema a tradução, bem como desvendar o discurso sobre a tradução que tais imagens veiculam.

O artigo está disponível aqui e aqui.

Boa leitura!

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

METODOLOGIA EM HISTÓRIA DA TRADUÇÃO

Um texto muito interessante [ A METODOLOGIA EM HISTÓRIA DA TRADUÇÃO: ESTADO DA QUESTÃO ] de José Antonio Sabio PINILLA acabou de ser traduzido no Brasil por uma grande equipe de tradutores. Para aqueles que se interessam por uma metodologia em História da Tradução, vale a pena conferir aqui.

Eis o resumo do texto: 


O objetivo do presente trabalho é apresentar ao leitor um estado da questão dos problemas metodológicos próprios da pesquisa em História da Tradução. Para começar, delinearei os antecedentes do interesse moderno na História da Tradução. A seguir, situarei a História da Tradução dentro dos Estudos da Tradução, como etapa prévia para assinalar a pertinência do seu ensino e estudo, destacando especialmente a importância desta disciplina para a área. Por último, farei um comentário sobre algumas obras de caráter metodológico, com o fim de assinalar alguns problemas recorrentes na pesquisa em História da Tradução. Como conclusão, apresento uma proposta que contém uma série de passos incontornáveis em toda pesquisa histórica e que pode também ser válida para a história da interpretação, já que, a despeito das diferenças, os dois tipos de história participam das bases comuns da mediação interlinguística.

Boa leitura!

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Tradução e Diásporas Negras

Acaba de ser publicado um número inteirinho dedicado à Tradução e Diásporas Negras. O número foi organizado por Dennys Silva-Reis e Cibele de Guadalupe Sousa Araújo.
Vale a pene conferir aqui !



Aqui os títulos dos artigos:


Dennys Silva-Reis, Cibele de Guadalupe Sousa Araújo

Khachig Tölölyan

Brent Hayes Edwards

Hortense Spillers

Raphaël Confiant

Jessica Oliveira de Jesus

tatiana nascimento

Marcela Iochem Valente, Luciana de Mesquita Silva

Marcos Araújo Bagno

Dyhorrani da Silva Beira

Valeria Lima de Almeida

Adélia Mathias

Roch Duval

Liliam Ramos da Silva

N'gana Yéo

Kall Lyws Barroso Sales

Daniel Dago

Cibele de Guadalupe Sousa Araújo

Dennys Silva-Reis

João Arthur Pugsley Grahl, Luciano Ramos Mendes, Rei Seely, Emerson Pereti, Carla Cursino, Rafaela Santana, Glaucia dos Santos Abreu

C. Leonardo B. Antunes, Ronald Augusto, Dennys Silva-Reis

Luciana Carvalho Fonseca

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Primavera das Neves



A tradutora portuguesa, mas que exerceu fortemente o ofício da tradução no Brasil, recebeu este ano um documentário em sua memória dirigido por por Jorge Furtado e Ana Luiza Azevedo.

Denise Bottmann também escreveu sobre a tradutora em seu artigo intitulado de "DE PRIMAVERA DAS NEVES A VERA PEDROSO: UM PERFIL" disponível aqui.


segunda-feira, 24 de abril de 2017

O versionismo de Gilberto Gil

Compartilho um artigo muito interessante intitulado "Translating “Under the Sign of Invention”: Gilberto Gil’s Song Lyric Translation" de autoria de Heloíza Cintrão que discute sobre a tradução de músicas realizada por Gilberto Gil.

Para quem se interessa pelo assunto vale a pena conferir!

Disponível aqui.

domingo, 5 de março de 2017

Tradutoras brasileiras dos séculos XIX e XX

Tradutoras brasileiras dos séculos XIX e XX é a dissertação de mestrado de Maria Eduarda dos Santos Alencar. A autora resgata nomes importantes de tradutoras brasileiras e apresenta um apêndice de tradutoras do século XIX e XX. Trabalho de fôlego e importante contribuição para a mémoria e história dessas tradutoras, algumas já mencionadas no Blog em postagens anteriores aqui e aqui.

Eis o resumo da pesquisa:

A presente pesquisa tem como principal objetivo fazer um levantamento quantitativo e qualitativo da prática tradutória realizada por mulheres nos séculos XIX e XX no Brasil, a fim de verificar o grau de sua participação e influência na cena literária do País nesse período. Pretendeu-se, com isso, contribuir para a construção de uma historiografia da tradução no Brasil, de modo que resgate a significativa participação de mulheres nessa importante atividade cultural. Foi traçada, para essa finalidade, um percurso da prática tradutória no País, desde os anos oitocentistas, acolhendo pesquisas de Paes (1990), Torres (2014), Wyler (2003), entre outros. Além disso, foram consideradas as discussões de teorias feministas que analisam de que forma os valores sociais e posições de hierarquia social se relacionam com a tradução e as estratégias feministas de tradução. Discorreu-se, também, sob o ponto de vista histórico, acerca dos movimentos de mulheres em ambos os séculos, a fim de situar o período e contexto em que as tradutoras estavam inseridas e descobrir de que forma esses movimentos receberam e tiveram influência sobre as teorias feministas e a prática de tradução. Por fim, são apresentados os dados encontrados sobre as tradutoras brasileiras, por meio de pesquisa em bibliotecas, internet e diversas fontes, e realizados estudos de caso com tradutoras pernambucanas de ambos os séculos. O marco teórico que norteia este estudo desenvolve-se a partir dos estudos de Chamberlain (1988), Bassnett (1992), von Flotow (1997), Simon (1996), entre outras, e, quanto à pesquisa das tradutoras, têm grande importância as obras de Muzart (2013) e Coelho (2002), além da procura, em diversos meios, pelas traduções.

A dissertação está disponível aqui.


Boa leitura!

sábado, 4 de março de 2017

Traduções de obras de matemática no Brasil

As traduções obras científicas ainda são pouco exploradas no Brasil. Especialmente, nos Estudos de Tradução, poucos trabalham sobre o assunto. Pesquisando sobre o tema, encontra-se a tese de Paulo Henrique Tretin intitulada "Matemática no Brasil: as traduções de Manoel Ferreira de Araújo Guimarães (1777-1838) das obras de Adrien Marie Legendre".

O autor faz uma análise minuciosa e detalhada de como o tradutor Manoel Ferreira traduzia as obras de Adrien Legendre no Brasil. Eis o resumo da tese:

Este trabalho aborda a vida e a obra de Manoel Ferreira de Araújo Guimarães (1777-1838), personagem importante para o cenário da História da Matemática Brasileira. Centralizamos nosso estudo nas traduções das obras Éleménts de Geométrie e Traité de Trigonométrie de Adrien Marie Legendre (1752-1833), realizadas por Manoel Ferreira de Araújo Guimarães, como contribuições significativas para o processo de institucionalização do ensino da Matemática no Brasil, no início do século XIX. Analisando essas traduções pudemos compreender os motivos que levaram o tradutor a propor alterações e, a partir da identificação de alguns de seus interlocutores, compreender o que o levou aos trabalhos de Adrien Marie Legendre. Relativamente aos desdobramentos das produções de Manoel Ferreira de Araújo Guimarães, pudemos identificar, direta ou indiretamente, alguns nomes que tiveram acesso a suas traduções. Assim, este trabalho pretende contribuir com os pesquisadores que buscam empreender uma (re)leitura do período, que vai do início a meados do século XIX, relativo ao ensino da matemática no Brasil


O texto está disponível aqui.
Boa leitura!

sexta-feira, 3 de março de 2017

História da Tradução: ensaios de teoria, crítica e tradução literária

Em 2015 foi publicado o primeiro volume do Núcleo de Pequisa em História da Tradução e Tradução Literária intitulado "História da Tradução: ensaios de teoria, crítica e tradução literária" organizado por Germana  Henriques Pereira de Sousa.




É preciso destacar que este é o primeiro livro no Brasil apresenta uma preocupação sobre a História da Tradução já na capa, depois do conhecido livro de Lia Wyler.

Enfantizo os capítulos seguintes:

Portal para a história da tradução: páginas de rosto da Arco do Cego de Alessandra Ramos de Oliveira Harden
The Birth of Translation Studies on the Periphery: The case of Brazil de John Milton
A virada institucional nos Estudos de Tradução no Brasil de Marie-Hélène Catheriene Torres

Esses três capítulos não trazem reflexões estritamente ligadas à História Literária, onde todos os demais textos se localizam. Trazem reflexões e problemáticas ligadas à historiografia do século passado longínquo e pouco estudadas (Oliveira Harden) e também rastros de uma historiografia do presente século XXI (Milton & Torres), que por incrível que pareça também tem ainda "pouca coisa".
Interessante notar que alguns perfis de traduções e tradutores também são trazidos como exemplos de operação historiográfica.

Eis o registro do livro pelas palavras de Álvaro Faleiros:






quinta-feira, 2 de março de 2017

Ferreira de Araújo , tradutor à cena brasileira

A tradução para teatro exigia no século XIX não somente a tradução linguística, mas uma modalidade de adaptação ao palco. Dentre os muitos tradutores/adaptadores, pode-se mencionar José Ferreira de Sousa Araújo, conhecido como Ferreira de Araújo.
Médico e jornalista escreveu e traduziu inúmeras peças de teatro. Usava, por vezes, dos pseudônimos Lulu Senior e José Telha.
Dentre as peças que traduziu e adaptou à cena brasileira pode-se mencionar:
Um chapéu de palha de Itália de Labiche e a adaptação aos palcos do romance Primo Basílio de Eça de Queirós.

quarta-feira, 1 de março de 2017

Renato Alvim, tradutor de peças francesas

Renato Alvim era carioca, nascido em 30 de agosto de 1890. Ator e escritor de peças teatrais. Traduziu peças teatrais francesas.
Nome esquecido e com poucos dados.
Uma forte pesquisa o espera.