quarta-feira, 11 de abril de 2018

MULHER[idades] & Tradução no Brasil

Participarem do simpósio
MULHER[idades] & Tradução no Brasil que acontecerá no evento IV COLÓQUIO INTERNACIONAL DE LITERATURA E GÊNERO entre os dias 5 a 7 de setembro de 2018.






Resumo do simpósio:


A tradução no Brasil sempre um ofício de homens e este fato é comprovado pela história e pelo apagamento de figuras femininas na narrativa historiográfica patriarcal ainda vigente no senso comum. Se a recente História das Mulheres vem reivindicando o papel feminino e mostrando sua importância para a formação dos Estados-nações, os Estudos Feministas solicitam um olhar epistemológico para esse tipo de pesquisa. Apoiado tanto na disciplina História quanto na epistemologia feminista, os Estudos de Tradução, disciplina transdisciplinar, têm trazido novos questionamentos para as relações entre tradução e mulheridades (termo que abarcar o conceito de mulher para além do conceito biológico): Quem é tradutora? Quais seus nomes? O que traduzem? Como traduzem? Para quem traduzem? De onde traduzem? Existe uma voz tradutora no texto traduzido? Tradutora só traduz texto de mulheres? Qual a relação entre mercado de trabalho e tradutoras? Há uma diferença entre tradutores e tradutoras? Todos esses questionamentos que envolvem o olhar feminista e a reinvindicação das mulheridades atualmente são questões que envolvem representatividade, visibilidade, pensamento feminista, direitos humanos, discurso (de)construído e descolonização (do saber, do ser e do poder) por intermédio da escrita enquanto tradução. A recontextualização de um texto de uma mulher em outra cultura, ou de um texto qualquer feito por uma mulher pode envolver tanto diferenças culturais quanto questionamentos sociais e políticos. Repensar a tradução a partir do sujeito – no nosso caso a mulher - que a realiza é observar quais as possíveis relações entre o agente de tradução e seu processo de produção. Segundo Antoine Berman, o ato de traduzir envolve ao mesmo três princípios: o projeto de tradução, o horizonte do tradutor e a posição tradutiva. Isto é, ao traduzir uma tradutora tem algumas concepções de como ela pretende realizar sua tradução e além disso, ela está inserida em um tempo/espaço próprio, um contexto pessoal, social, político e cultural que de alguma forma afeta seu fazer tradutório. A partir destas reflexões o presente simpósio pretende abarcar reflexões sobre: a pesquisa em tradução feminista, a tradução de autoras dentro da perspectiva mulheridades, a história de tradutoras, experiências tradutórias, teorias feministas da tradução, a tradução engajada, questões de lesbianidade e transexualidade na tradução, perspectivas étnicas da tradução feminista, dentre outros temas.


Resumo do simpósio: https://www.academia.edu/36436672/Chamada_de_Simpósio_MULHER_IDADES_E_TRADUÇÃO_NO_BRASIL_Até_30_de_maio_
Site para inscrição:
http://icilg.uespi.br/